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Sabe o que é CISPA? Ou melhor, já imaginou o Jack Bauer lendo os seus emails?

Todos os dias a Internet sofre tentativas de controle por parte de governos e corporações. A mais notória e atual é o Ato de Proteção e Compartilhamento de Ciber Inteligência (CISPA, na sigla em inglês). Caso seja aprovada, esta Lei americana pode dar aos agentes dos EUA o poder de espionarem praticamente tudo o que você está fazendo no seu computador.
O blog Avaaz.org alerta para os riscos da CISPA e convoca a sociedade para se mobilizar e contra mais esta ameaça à liberdade de expressão e à privacidade por meio de um abaixo-assinado online.
Participe: http://www.avaaz.org/po/stop_cispa_corporate_global/?cl=1742465037&v=13754

Dias 21 e 22 de abril, em Floripa: Do Avesso!

SINOPSE:

Socorro é uma dona de casa que resolve sacudir sua vidinha pacata ocupando o terraço do seu prédio pra lavar roupa pra fora. Enquanto ela estende as roupas das mulheres do condomínio, essas vizinhas tresloucadas aparecem para uma visita. O solo de humor Do Avesso é uma espécie de one woman show no qual Milena Moraes assume personagens e tipos cômicos variados, transformando-se em frente ao público e garantindo surpresas e risadas a cada troca de figurino.

RELEASE:

Desde a estreia do seu solo de stand up comedy “Só Tudo Isso!” a dedicação da atriz ao formato “de cara limpa“ foi maior que a atenção dada às suas personagens. Quem acompanha o trabalho de Milena desde os tempos do humorístico Teatro de Quinta já ouviu falar dessas figuras. Foi um período profícuo, com cerca de 10 personagens criadas.

Algumas dessas criações, e outras inéditas, estão presentes na comédia “Do Avesso”. O solo de humor é uma espécie de one woman show, um espetáculo solo de variedades onde a comediante assume personagens e tipos cômicos bem diferentes entre si. As trocas ágeis de caracterização e as várias transformações da atriz à vista do público dão dinamismo ao espetáculo, que promete surpreender o espectador a cada troca de figurino.

Heide, a atendente de check-in em TPM constante; Mixirica, a figura cativante que costuma pedir nos “sacolões de frutas e verduras”; Maria Marta, a perua compulsiva; Socorro, a dona-de-casa que tem o costume de se “medicar” e nunca sai do seu condomínio, são algumas das personagens que podem ser vistas no show.

A realização do espetáculo é de La Vaca Productora de Arte e a promoção do Projeto #RiAlto. A direção é de Renato Turnes, que conta com Malcon Bauer na assistência. Os textos são de Milena Moraes e Malcon Bauer. A criação do cenário é de Turnes e a cenotécnica de Sandro Clemes. A luz é assinada por Daniel Olivetto. A perucaria é de Robson Vieira. A produção é da própria Milena Moraes.

SERVIÇO:

Dias 21 e 22 de abril, sab e dom, às 20h, no Teatro da Ubro

O ingresso é R$40 inteira, R$30 com flyer promocional [esse que segue anexo], R$20 a meia [estudantes, idosos, professores, classe artística e antecipados].
Os ingressos podem ser comprados antecipadamente na Loja Varal [Tte Silveira, 111, lj 105, Ed. Parthenon] e nos sites www.nosvamos.com.br www.vantajoso.com.br. Ou uma hora antes do espetáculo na bilheteria do Teatro.
Mais informações: www.rialto.com.br e 48 9138 2322.

Futebol enquanto microcosmo de tudo

Uma crônica sobre o jogo Chelsea vs Barcelona, de 18/04/2012

Quando assistimos a um jogo feito este Chelsea vs Barcelona pela Liga dos Campeões da Europa, damos com a certeza de que o esporte é um microcosmo das pessoas, da sociedade e do que compreendemos por cultura. Por ser um esporte coletivo, essa impressão social é ainda mais presente no futebol, atraindo apaixonados em todo o mundo, tornando as pessoas até um pouco mais irracionais (quando a violência aparece dentro e fora de campo) e proporcionando ao capitalismo seu sucesso ideológico mais inesperado.

São posicionamentos distintos o que percebemos nas equipes, uma inglesa e a outra espanhola. Enquanto esta, o Barcelona, é aclamado mundialmente como o clube com o melhor acerto técnico entre os jogadores, aquela, o Chelsea, tem sua eficiência reduzida no comparativo, mas joga contando com o inesperado, pois toda narrativa só se faz em linha reta nas aparências. Destarte que, qual dois empreendimentos capitalistas, temos lá a Grande Rede Varejista Barcelona que tem seus consumidores cativos, mas que, nalguns momentos, padece das variações de mercado (os próprios jogadores, o adversário em questão, o palco da batalha). Já a Empresa Emergente Chelsea tem, inegavelmente, qualidades que a fizeram estar ali entre as grandes, mas sabe que precisa se estruturar ainda mais para conseguir o selo de certificação – e contar com alguma falha dos grandes. E o inesperado surge rápido feito um contra-ataque, justamente no último minuto do primeiro tempo. Num erro de posicionamento, a qualidade técnica do Barcelona é suplantada pela agilidade (e até mesmo uma capacidade de adaptação – coisa assim meio darwiniana) do Chelsea, abrindo o placar da partida com o chute certeiro do Drogba.

Como nos países ricos que importam o melhor dos outros países, assim também acontece com os clubes de futebol, principalmente as equipes da Europa que possuem grandes investidores. Não por acaso, o bilionário russo Roman Arkadyevich Abramovich é dono do Chelsea e o Barcelona possui o maior patrocínio da história do futebol através da Qatar Foundation. Com tanto dinheiro, fica mais fácil comprar o passe de jogadores talentosos, o que já é uma constante dos clubes europeus há algumas décadas. O fato do único gol da partida ter sido oriundo de um lançamento do inglês Lampard para o brasileiro Ramires, que presenteou o marfinense Drogba na cara do gol, indica não apenas uma óbvia globalização do esporte (e de todo o resto), mas ainda sugere que os sistemas (o esporte, a economia, a política, o capitalismo…) são tão contraditórios quanto imprescindíveis para serem validados pelas pessoas. De que outro modo uma organização tão poderosa quanto Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA) cresceria a tal ponto de um Estado soberano, como parece ser o Brasil, direcionar suas atenções para um evento esportivo que dura pouco mais de um mês, caso da Copa do Mundo de 2014? A FIFA chega a ter mais associados que a Organização das Nações Unidas (ONU), para se ter uma ideia da relevância desta celebração futebolística que é realizada a cada quatro anos. E já estamos sentindo o impacto das ações voltadas à realização da Copa, com estádios superfaturados, operações que visam diminuir a violência nas grandes cidades, os interesses políticos e econômicos que gastam tempo a indagar se os torcedores poderão ou não beber cerveja nos estádios quando dos jogos entre nações, entre outras situações dignas de suas próprias crônicas.

Se o melhor time do mundo atualmente perde um jogo como neste Chelsea 1 x 0 Barcelona, podemos questionar as unanimidades construídas culturalmente até o ponto em que nós mesmos entraremos em campo e, assim, faremos algo a respeito, seja lá o que for.

> Não temos fotos da partida, pois o enviado internacional do Sarcástico na Europa foi confundido com um hooligan e deportado para o Brasil.

 > Florianópolis/SC, 18 de Abril de 2012.

Desencefalia

Cada cabeça, uma sentença

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